quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Armitage Files (Os Ficheiros de Armitage)


Ora cá está! A Pelgrane Press acabou de lançar um novo livro para Trail of Cthulhu com o título Armitage Files (Os Ficheiros de Armitage). Para quem não sabe, Armitage, ou Henry Armitage, é o bibliotecário-chefe da famosa Biblioteca Miskatonic na não menos famosa Arkham, e protagonista da história O Horror de Dunwich (The Dunwich Horror). Desta feita, os escritos do professor Armitage foram parar às mãos dos pobres investigadores que se propõem decifrar as pistas contidas nesses documentos e ir ao encontro de horrores inomináveis.

O livro, segundo a Pelgrane Press, propõe um método inovador de improvisar sessões de Trail of Cthulhu, com base nos handouts existentes no livro (os ditos ficheiros de Armitage). Com belíssimas ilustrações de Jérôme Huguenin (que assina todas as ilustrações desta linha) e handouts criados Sarah Wroot, o objectivo será combinar esses elementos com NPCs pré-criados pelo GM para uma versão personalizada da campanha. Ainda não li, mas o PDF já me chegou às mãos, pelo que irei expondo aqui as minhas impressões.

Resolução de Ano Novo


Tenho repetidamente ponderado nisto. Desde que a minha campanha de Qin acabou há coisa de 1 ano e alguns meses, nunca mais consegui arrancar com uma campanha tão coesa e contínua como essa. E perguntam-me vocês: se este blogue é sobre Trail of Cthulhu, porque raio é que está a falar de Qin? Porque Qin foi, até à data, a minha campanha mais longa e onde consegui manter um nível de qualidade e envolvência consistente, com grande ajuda dos jogadores que injectavam ideias para eu expandir.

Iniciei ToC, e adorei a experiência, mas um misto de inconsistência de horário e de falta de vontade, fez-me perder o fio à meada. Ultimamente, com a reorganização possível do grupo (a saída de alguns jogadores e a entrada de novos) pensei em voltar à carga. Mas porquê CoC e não ToC, sendo o primeiro o meu roleplay favorito de todos os tempos? Bom, apenas por uma questão de mudança e porque ToC me oferece uma maneira mais organizada de criar as aventuras. Não é superior a CoC mas também CoC não é superior a ToC e, entre os dois, penso que será uma melhor experiência para o grupo. É certo que em CoC existe sempre a hipótese de falhar uma pista por causa de um lançamento falhado, mas se optar pela técnica de entregar automaticamente as pistas ESSENCIAIS à história sem lançar dados, porque não tentar ToC, que apresenta isso como mecânica.

Um outro factor tem a ver com o autor: Kenneth Hite, possivelmente um dos meus autores favoritos (entre os seus livros contam-se Ragnarok, um excelente setting pulp para Savage Worlds), que é um mestre em misturar História alternativa com elementos fantásticos. E a sua escrita é fabulosa. Só pela prosa de Trail of Cthulhu e pela secção de Great Old Ones vale a pena ler o livro.
Em última análise, não consigo apontar nenhum factor objectivo que me faça pender para Trail of Cthulhu. Fiz ultimamente algumas sessões de Call of Cthulhu (que adorei) mas alguma coisa não clicou, como se costuma dizer. A minha resolução de Ano Novo é simples: terminar uma pequena de campanha... qualquer coisa, e neste momento, tudo indica que poderemos ir para Trail of Cthulhu.